Pesquisa mostra que, no Brasil, as mulheres chegaram a ocupar 38% dos cargos de gestão em 2022
Entre os anos de 2019 e 2022, a representação das mulheres em cargos de liderança cresceu cerca de 13%. É o que aponta a pesquisa realizada pela Grant Thornton no último ano. De acordo com o relatório “Women in Business”, a liderança feminina no Brasil fica acima da média da América Latina, que é de 35%.
Isso quer dizer que um número maior de mulheres tem ocupado um espaço cada vez mais significativo no setor empresarial. Apesar disso, esse cenário ainda está longe de ser o ideal.
Segundo um levantamento da consultoria IDados, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE até 2021, mulheres ganham cerca de 20,5% a menos que homens na mesma função. Esse é apenas um dos desafios que a liderança feminina encontra no mercado.
Neste artigo vamos falar sobre os desafios que mulheres em posição de liderança enfrentam no mercado e estratégias para encarar essas situações.
Liderança feminina no mercado corporativo
Apesar de já ser uma realidade, a liderança feminina ainda encontra muitos obstáculos no mercado corporativo, especialmente pela falta de representatividade. E essa é só a ponta do iceberg.
Além disso, barreiras como preconceito, sexismo, dupla e até mesmo tripla jornada de trabalho – profissão, maternidade e afazeres domésticos – e autopercepção distorcida, ou síndrome do impostor, influenciam esse cenário. A rigidez dessas questões e do funcionamento do mercado corporativo não considera as particularidades da vida da mulher.
Porém, dados de 2015 da McKinsey apontam que 12 trilhões de dólares podem ser adicionados ao PIB global até 2025, caso as diferenças de gênero sejam reduzidas. Essa é apenas um dos ganhos coletivos da equiparação das oportunidades entre os gêneros.
Isso demonstra o quanto é necessário que o mercado se adapte para igualar as oportunidades profissionais e as posições de liderança. Vale destacar que, de acordo com o relatório “Women in Business”, o Brasil ainda está atrás da África do Sul (42%), da Turquia e Malásia (40%) e das Filipinas (39%) no quesito liderança feminina.
Desafios enfrentados pelas lideranças femininas
O termo “liderança”, e até mesmo “liderança feminina”, é muito abrangente e pode ser aplicado a muitas áreas. Político, religioso, social e profissional são algumas das possibilidades, com desafios inerentes à área.
Por ora, vamos tratar das dificuldades profissionais enfrentadas pelas mulheres em cargos de gestão ou que buscam essas posições. Nesse sentido, as que mais se destacam são:
- Desvalorização do potencial e conhecimentos;
- preconceito de gênero;
- falta de representatividade;
- falta de oportunidades;
- autocrítica e síndrome da impostora;
- desigualdade salarial;
- dupla jornada;
- desafios de relacionamento no ambiente corporativo.
Esses obstáculos, infelizmente, estão muito presentes no dia a dia das mulheres que ocupam ou desejam ocupar posições de liderança profissional. Mas, mais do que isso, esses problemas são constantes durante toda a trajetória profissional feminina, independentemente do nível de expertise.
Mas por que essa distinção de “desafios da liderança feminina”? Isso porque, de modo geral, esses problemas estão presentes majoritariamente na rotina das profissionais mulheres, muito mais que na dos homens.
Enfrentar esses obstáculos envolve questões sociais e culturais que exigem uma contrapartida das corporações. Gerar oportunidades, promover um ambiente de empatia, incentivar o desenvolvimento profissional, oferecer capacitação e outras iniciativas são formas práticas de combater esses problemas. A seguir, vamos conhecer outras maneiras de vencer esses desafios.
Como enfrentar os desafios da liderança feminina
Novos modelos de negócios vêm surgindo juntamente com o ajuste no mindset das corporações, mesmo nas mais tradicionais. Entre os agentes facilitadores para mulheres rumo aos cargos de liderança estão, por exemplo, horários mais flexíveis de trabalho, atuação em home office e a possibilidade de creches nos escritórios.
Isso demonstra a importância do papel das empresas na desconstrução desse ciclo de desafios. Essas mudanças promovem mais igualdade de oportunidades.
Mesmo com todos esses obstáculos, as mulheres têm conseguido conquistar mais espaço no mercado e nos cargos de gestão. Porém, é indispensável reconhecer esses impasses para saber como enfrentar essa realidade.
Algo importante nesse processo de desenvolvimento para alcançar posições de liderança é buscar inspiração em outras mulheres e observar a trajetória delas. Certamente, será possível encontrar líderes e empreendedoras com quem você se identifique.
Além disso, construir uma rede de contatos sólida é primordial para uma trajetória profissional de sucesso. Investir em networking é uma estratégia de crescimento na carreira. Isso porque esses relacionamentos profissionais geram muitas trocas de ideias, experiências e conhecimentos.
O networking também pode ser uma porta para oportunidades profissionais, como parcerias e indicações. Por isso, a FAE Business School valoriza tanto a construção de networking qualificado, por meio de contatos com professores, colegas e empresas.
Outro ponto importante nessa jornada é o planejamento de carreira. Para chegar a uma posição de liderança é preciso estratégia, foco e organização.
Ter um plano o mais claro possível para alcançar esse objetivo profissional é essencial. Para isso, saber aonde você quer chegar, o que precisa ser desenvolvido até lá, como se destacar dos demais profissionais são pontos que devem ser previstos e planejados.
Além disso, para transformar esse cenário é necessário investir no autodesenvolvimento, o que pode ser feito em diferentes níveis.
Especialização e MBA
A FAE Business School apresenta várias oportunidades para todos que desejam se desenvolver no aspecto profissional, principalmente para quem almeja cargos de liderança.
Os cursos de especialização e MBA são voltados para o desenvolvimento integral dos profissionais. Porém, vale destacar que a FAE Business é reconhecida como uma das principais escolas corporativas do país.
A FAE Business School conta com duas modalidades de pós-graduação: cursos de MBA Executivo e cursos de especialização nas áreas de Business, Educação, Saúde e Direito.
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