A FAE Business School auxiliou na criação da  startup RES Green Innovation, voltada para a reabilitação da população carcerária

O objetivo da metodologia de ensino da FAE é sempre oferecer conhecimentos práticos que auxiliem nos desafios empresariais.  Afinal, os conteúdos da sala de aula precisam ser úteis no dia a dia dos profissionais. E foi dessa forma que a FAE Business School ajudou no desenvolvimento de uma startup que busca reabilitar a população carcerária das penitenciárias no Brasil.

A startup RES Green Innovation, criada pela aluna de especialização em Inovação Corporativa e Gestão Ágil de Negócios da FAE Business School, Graziella Soares, nasceu dentro das salas de aula. Em pouco tempo, com o suporte do conteúdo disponibilizado no curso, orientação de professores e networking qualificado, o projeto começou a sair do papel.

Graziella afirma que o ecossistema FAE Business School foi imprescindível nessa jornada. Mas como tudo isso aconteceu na prática?

Startup RES Green Innovation
À esquerda, Dornelles Vissotto Jr e Kauana Yrina da Rede Condor Connect. À direita, professor Alan Lopes (direito Startups) e Graziella Soares.

Pivotando a carreira

A RES Green Innovation é uma startup voltada para a reintegração da população carcerária na sociedade. A empresa busca profissionalizar e gerar oportunidades para essas pessoas. Atualmente, a RES Green Innovation está presente na Penitenciária Feminina de Piraquara.

A startup tem apenas seis meses de existência, mas essa história começou durante o módulo de Direito das Startups da FAE Business. Após 16 anos atuando no mercado de franchising, Graziella, que é formada em Direito, decidiu fazer uma transição de carreira.

A escolha da FAE Business School não foi por acaso. Com anos de vivência no mercado corporativo, a empresária conhecia a expertise da instituição e decidiu fazer uma especialização voltada para inovação. Durante a formação, Graziella percebeu que inovação não estava apenas relacionada com tecnologia, mas sim com transformação e impacto social.

Foi por meio de um colega do curso de especialização que ela conheceu o segmento de gestão prisional privada. Foi então que surgiu a ideia de desenvolver um projeto de startup voltada para a reabilitação dos presos, gerando oportunidades de renda para essas pessoas ao fim do período de detenção.

O projeto foi apresentado em uma simulação de Pitch de vendas, uma atividade prática da especialização. Nesse momento, o professor de direito das startups, Alan Lopes, especialista em direito digital e mestre em administração de empresas, tecnologia e desenvolvimento organizacional, identificou um grande potencial no projeto. 

Em seguida, conectou Graziella com o programa de aceleração de negócios da Rede Condor Connect, o Smart Money. Após um pitch, a RES Green Innovation recebeu o primeiro investimento para aceleração do negócio, além de mentorias especializadas para empresários.

Para Graziella, a FAE é a grande responsável pelo crescimento tão rápido do negócio. O networking qualificado e os conteúdos práticos proporcionaram o cenário para a criação desse novo negócio. 

Projetos da Startup

A RES Green Innovation já está iniciando no Presídio Feminino de Piraquara e tem planos de expandir para mais unidades do setor prisional. A ideia central da empresa é capacitar e trabalhar juntamente com os detentos, além de prestar suporte psicológico e emocional.

A startup atua capacitando essas pessoas para exercerem certas ocupações, reinserindo-as no mercado de trabalho. As atividades desenvolvidas hoje são voltadas para o setor de vestuário.

Projeto de camisetas e produção de uniformes : 

Já está em fase de prototipagem e validação o processo de produção de uniformes para empresas. A ideia é que a RES Green leve impacto positivo para dentro dessas organizações.

Para isso, a RES conta com o suporte de um profissional do setor de moda e vestuário, para trabalhar ativamente no desenvolvimento das roupas e capacitação das colaboradoras em cárcere. 

Outro projeto da startup é a venda de camisetas. A ideia é utilizar artes produzidas pelos próprios detentos para estampar as peças. Além das estampas, cada camiseta conterá um QR Code direcionado para um vídeo com o relato da pessoa que produziu a arte.

Além disso, cada arte é transformada em um arquivo digital e depois em um NFT (em português, Token Não Fungível) exclusivo. Ou seja, os compradores podem adquirir itens digitais únicos. 

De acordo com Graziella, assim como o slogan da marca afirma, o propósito é levar transformação para a vida das pessoas. “Não vendemos roupas, transformamos pessoas”.

Crocheteiras:

Outro projeto iniciado pela RES Green foi o das Crocheteiras, em que as detentas aprendem a criar peças de crochê. Além de capacitar, a startup disponibiliza os materiais necessários para que essas mulheres desenvolvam peças sob encomenda.

Graziella explica que esse projeto teve a iniciativa e como parceiros a ONG ReDirect, que conta com um profissional de moda para capacitar as mulheres privadas de liberdade em  crocheteria dentro do Presídio e que estão iniciando em fase de testes uma coleção.  Essas coleções serão vendidas para lojistas e revendidos.

Essa iniciativa tem proporcionado também a formação de comunidades de ensino dentro dos presídios. Isso contribui para o fortalecimento de um senso de comunidade e colaboração entre a população carcerária.

Impacto social

A diretora da startup destaca que o foco não é simplesmente vender peças de roupas, e sim de impacto social. Afinal, não se trata apenas de ocupações, mas sim de capacitar e qualificar esses indivíduos.

O objetivo é preparar essas pessoas para retornarem para o mercado de trabalho e reintegrá-las à sociedade. Outra iniciativa planejada é a da criação de uma associação de crocheteiras e outros grupos de suporte atuando no momento de liberdade.

Além disso, todo o trabalho realizado pelas mulheres do Presídio Feminino de Piraquara é remunerado. Sendo assim, a startup paga ao Estado, que repassa o salário às famílias dessas mulheres. 

A expectativa é que em breve a RES Green Innovation expanda a atuação para outros presídios no Brasil, estendendo a oportunidade a mais pessoas.

O propósito da FAE Business School é formar líderes integrais e proporcionar mais histórias como essa por meio dos cursos de especialização. Por isso, a instituição oferece uma metodologia prática, além de conexões estratégicas com o mercado.

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